Namore pra valer | Éber Lenz Cesar

Por Éber Lenz Cesar*
Eu e Saffira, minha esposa e namorada | Arquivo Pessoal.

Alguns, quem sabe, vão achar que o que vou dizer em seguida é antiquado, ultrapassado, caído, #fail... Mas eu encaro. Afinal, estou amparado na Palavra de Deus!

Talvez porque eu só namorei uma vez, ou seja, a mesma menina, desde os meus 19 anos até hoje (73 anos!) eu penso que todo namoro deve ser levado a sério. Geralmente começa com uma amizade especial, que evolui para um amor apaixonado e promessas... Se é amor, ainda que inicial e a confirmar, não começa hoje, com uns “amassos” (e isto é tudo o que eu posso escrever aqui...), pensando que amanhã poderá ser com outro ou com outra. (Seria isto o que a turma chama de “ficar”?).

Não estou dizendo que os namorados têm que se casar, obrigatoriamente. Namoro é como um ensaio, ensaio de um dueto que promete ser muito lindo. Não se ensaia por ensaiar, sem perspectiva de uma apresentação.

No ensaio os dois afinam ou não. Se não afinarem, se não se conseguir a desejada harmonia, de jeito nenhum, é melhor cancelar o concerto. Mas sem brigas, sem traumas... se possível!

Todavia, começando bem - como eu disse, por amor e com oração, a tendência é afinar...

Quando eu digo ensaiar, refiro-me ao crescimento do amor, do relacionamento, e às descobertas relativas à personalidade, aos valores, às prioridades, aos planos e à fé, um do outro. Não inclua aqui (nesta fase) o que todos mais querem: sexo. A união sexual é tão séria, tão envolvente, tão comprometedora, tão exclusiva, tão boa, que Deus a reservou para o casamento!  Então, e somente então, “deixa o homem  pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gn 2.24. Repetido por Jesus em Mt 19.5). Deixar, unir-se, tornar-se uma só carne... Cada palavra é importante!

Não quero terminar sem dizer uma palavra aos casados, sejam recém-casados ou casados há muito tempo, como eu: Namore sua esposa (seu marido). A familiaridade, o conhecimento crescente (muitas vezes decepcionante), a rotina, e o desgaste conspiram contra o amor, o afeto, o romance, o próprio casamento. Não deixe!

Palavras mágicas e salvadoras: Paciência, altruísmo, compreensão, afeto, carinho, humildade, perdão, abraço, beijo, sexo... 

Que coisa! É preciso dizer aos jovens namorados, ainda solteiros: “Ei, não abracem tanto! Não...”  Mas, ao que parece, aos casados, muitas vezes, é preciso dizer o contrário: “Ei, conversem mais, abracem mais, beijem mais, façam mais sexo!”

E não interprete fora do contexto e erradamente as palavras do Eclesiastes: “Há tempo de abraçar e de afastar-se de abraçar...” (Ec 3.5). Nem cante fora de hora e contexto esse verso antigo: “... tu no teu cantinho, e eu no meu!” 

Solteiros e casados, Feliz Dia dos Namorados! Deus abençoe seu namoro!


Pr. Éber Lenz Cesar, eberlenzcesar@gmail.com
Que namora Márcia Sathler há 54 anos.

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*Éber Lenz Cesar é pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil há 49 anos. Formou-se em Teologia pelo Seminário Presbiteriano do Centenário, em Alto Jequitibá (MG) e Vitória (ES). Pastoreou várias igrejas presbiterianas em cidades dos Estados de Minas Gerais, Pernambuco e Rio de Janeiro. Foi missionário da Igreja Reformada Holandesa na África do Sul. Autor de Passando Pelo Vale Árido: Conforto e encorajamento para os que sofrem (2000), HGB - História e Geografia Bíblica, Vol. I (2002) e Vida de Pastor: Lembranças de uma jornada (2014). 
Reproduzido com autorização. Publicado originalmente aqui.

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