Charlie, Charlie, Charlie: Uma opinião pastoral
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"Tabuleiro de Charlie, Charlie". Google Imagem. |
Ocultismo e autossugestão
A centelha da curiosidade tem movido o homem ao longo da história. Mas a busca pelo que é oculto ao conhecimento desperta interesses desde os primórdios. O primeiro casal cedeu à tentação não se contentando com os frutos e usufrutos do Jardim do Éden. O bote já estava armado, bastando apenas a serpente completar o ardil com a conhecida e maldita declaração: "Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal". (Gênesis 3.5, grifo meu). O fato é que desde que o pecado entrou no mundo temos tido dificuldades terríveis em nos contentar com o que temos, e isso tem levado ao interesse pelo ocultismo.
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Cena do filme The Gallows (A Forca), produzido por Jason Blum (Atividade Paranormal; Sobrenatural; Uma noite de crime). Imagem: Warner Bros. |
Fui questionado por uma mãe cristã quanto a minha opinião acerca da tal brincadeira. Ela me enviou uma matéria na qual crianças de uma escola no Amazonas alegaram ter passado mal após uma sessão de Charlie, Charlie. Me parece autossugestão, mas como afirmei à preocupada mãe, esse jogo ou o que quer que seja está longe de ser sadio. Não vejo como Deus poderia se agradar disso - se alguém souber, me diga - nem percebo edificação para os praticantes. Logo, desaconselho frontalmente. Não sei se a brincadeira de fato consiste em invocar verdadeiramente espíritos ou outras consultas ao além. Pelo sim, pelo não, fico com o que diz as Escrituras: "Abstende-vos de toda aparência do mal" (1 Tessalonicenses 5.22) e "As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei" (Deuteronômio 29.29). Termino com quatro conselhos aos pais.
Uma palavra aos pais
Começo meu conselho a respeito do tema dizendo que ainda não sou pai. Não sei se Deus me permitirá ser, mas assim desejo. Porém, o fato de não ter filhos não me desautoriza a tratar, visto que os princípios da Palavra de Deus norteiam nossa fé e prática. Sendo assim, objetivamente apresento algumas orientações:
I) Não criemos pânico: Obviamente o assunto tem sua gravidade na medida em que causa confusão e insegurança nas crianças e adolescentes. Porém, é muito importante usar de bom senso e não dar crédito a reportagens e/ou artigos sensacionalistas, nem dar vazão a teorias conspiratórias esdrúxulas - expediente muito utilizado na internet, o que só faz aumentar a sanha por novas informações. Logo, logo, essa moda acaba;
II) Conversem abertamente sobre o tema com os filhos: Há pais que não querem investir tempo com os filhos, por isso quando muito, limitam-se a passar um carão, proibir a prática ou envolvimento do jogo sem sequer explicar, orientar, educar a criança/adolescente. O diálogo com os filhos nem sempre é fácil, mas deve-se investir nisso como prioridade na criação dos mesmos (Provérbios 22.6);
III) Ensinem que nossa suficiência e segurança estão no Senhor: Leia Deuteronômio 29.29 e aplique aos filhos em linguagem que possam alcançar. O cerne do texto é a suficiência e confiança na revelação de Deus. Testemunhe sobre a importância da Bíblia em suas vidas e na deles. Não há curiosidade que não precise ser subordinada ao temor do Senhor;
IV) Ensinem que mesmo lícitas, nem todas as coisas convém: Sim, vamos supor que a brincadeira "não seja nada demais". Ok, é uma hipótese. O que configuraria como sendo lícito - lembre-se que essa é uma realidade hipotética -. Mas nem tudo o que é lícito, convém (1 Coríntios 6.12,13; 10.23). Logo, não convém àqueles que conhecem ao Senhor praticarem "brincadeiras" aparentemente inofensivas, mas que têm aparência de mal, e de fato, causam insegurança e temores.
Uma palavra aos pais
Começo meu conselho a respeito do tema dizendo que ainda não sou pai. Não sei se Deus me permitirá ser, mas assim desejo. Porém, o fato de não ter filhos não me desautoriza a tratar, visto que os princípios da Palavra de Deus norteiam nossa fé e prática. Sendo assim, objetivamente apresento algumas orientações:
I) Não criemos pânico: Obviamente o assunto tem sua gravidade na medida em que causa confusão e insegurança nas crianças e adolescentes. Porém, é muito importante usar de bom senso e não dar crédito a reportagens e/ou artigos sensacionalistas, nem dar vazão a teorias conspiratórias esdrúxulas - expediente muito utilizado na internet, o que só faz aumentar a sanha por novas informações. Logo, logo, essa moda acaba;
II) Conversem abertamente sobre o tema com os filhos: Há pais que não querem investir tempo com os filhos, por isso quando muito, limitam-se a passar um carão, proibir a prática ou envolvimento do jogo sem sequer explicar, orientar, educar a criança/adolescente. O diálogo com os filhos nem sempre é fácil, mas deve-se investir nisso como prioridade na criação dos mesmos (Provérbios 22.6);
III) Ensinem que nossa suficiência e segurança estão no Senhor: Leia Deuteronômio 29.29 e aplique aos filhos em linguagem que possam alcançar. O cerne do texto é a suficiência e confiança na revelação de Deus. Testemunhe sobre a importância da Bíblia em suas vidas e na deles. Não há curiosidade que não precise ser subordinada ao temor do Senhor;
IV) Ensinem que mesmo lícitas, nem todas as coisas convém: Sim, vamos supor que a brincadeira "não seja nada demais". Ok, é uma hipótese. O que configuraria como sendo lícito - lembre-se que essa é uma realidade hipotética -. Mas nem tudo o que é lícito, convém (1 Coríntios 6.12,13; 10.23). Logo, não convém àqueles que conhecem ao Senhor praticarem "brincadeiras" aparentemente inofensivas, mas que têm aparência de mal, e de fato, causam insegurança e temores.
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