Cinco Mudanças Indispensáveis para seu Ministério Pastoral (Parte 2/5)





Nota do blog: O artigo foi dividido em cinco partes. Essa é a segunda parte. Para ler a primeira, clique aqui.

2. Do realizar eventos para treinar pessoas

Tipicamente, as igrejas adotam uma abordagem de evangelização baseada em eventos. Elas usam eventos variados para proclamar o evangelho: reuniões da igreja, cultos evangelísticos, reuniões de missões, café de homens, jantar de mulheres e muitos outros ajuntamentos criativos. A fim de parecerem bem-sucedidas, as igrejas continuam mantendo mais e mais desses eventos.

No entanto, em um nível, esta tática está falhando. Em nossa era secular, pós-cristã, a maioria dos incrédulos nunca virá aos nossos eventos. Até os membros de nossas igrejas são irregulares em sua frequência às reuniões. A tática de eventos se fundamenta parcialmente no apelo e dons de um pregador convidado, e isto significa que somos limitados pela disponibilidade de tais pessoas para o que podemos realizar. Para o pastor da igreja, bem como para os principais leigos, estabelecer e realizar eventos pode acabar e acaba dominando a vida da igreja, e todo o nosso tempo é gasto em conseguir que as pessoas venham a esses eventos. Entretanto, apesar do trabalho que eles envolvem, em alguns aspectos o evento é uma tática centralizadora: são convenientes e fáceis de ser controlados pelo líder ou organizador, mas exigem que os incrédulos venham até nós de acordo com os nossos termos. Em última análise, a abordagem de eventos nos afasta tanto do treinamento quanto da evangelização.

Se quisermos que nossa estratégia seja focalizada em pessoas, devemos concentrar-nos em treinamento, o que aumenta o número e a eficácia de comunicadores do evangelho (ou seja, pessoas que podem falar as boas-novas em conversas pessoais e em contextos públicos). Esse tipo de estratégia envolve identificarmos e equiparmos mais os comunicadores, e isso aumenta o número, a variedade e a eficácia dos eventos. Além disso, podemos usar eventos para treinar nossos obreiros. Se todos os membros de nossa congregação estiverem disponíveis à oportunidade de serem treinados em evangelização, mais incrédulos virão aos nossos eventos.

Mas, por favor, observe: esta é uma estratégia caótica – uma estratégia inconveniente. Treinar evangelistas exige tempo. É necessário tempo para que jovens evangelistas construam seus próprios ministérios, à medida que saem a pregar a Palavra. Isso significará que teremos de abandonar o controle de nossos programas, quando o evangelho é pregado, porque Cristo ajuntará seu povo em todos os tipos de comunhão que possam ou não encaixar-se em nossas redes de estruturas.


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*Fonte: trecho do livro "A Treliça e a Videira" de Colin Marshall e Tony Payne, Editora Fiel.
Obs.: Para uma melhor experiência de leitura dividi o artigo em cinco partes que serão publicadas aqui no blog.

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