Os Dez Mandamentos: 10 – Não cobiçarás | Jason Helopolous
Muitos indivíduos são como o jovem rico ao ouvir
Jesus dizer: “Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso
testemunho; honra a teu pai e a tua mãe e amarás o teu próximo como a ti mesmo”
(Mateus 19.18-19). Eles, do mesmo modo, prontamente respondem: “Tudo isso tenho
observado” (v. 20). Uma pessoa pode argumentar que nunca matou, adulterou ou
furtou – por mais inverídica que seja essa reivindicação. Contudo, nenhuma
pessoa em sã consciência diria que jamais cobiçou.
O último dos Dez Mandamentos, “Não cobiçarás”, se distingue dos demais.
Nessas poucas palavras, o próprio coração da lei de Deus nos é apresentado. A
lei de Deus não se preocupa apenas com nossas ações. “Não cobiçarás” anuncia
sem reservas que os nossos pensamentos, sentimentos e inclinações – questões do
coração – têm grande importância para o Senhor.
O pecado que ele confronta é um companheiro nosso muito familiar. Ele vem à tona
quando ouvimos da promoção de um colega de trabalho, quando vemos um carro novo
na garagem ao lado ou quando refletimos sobre aquela família aparentemente
perfeita na igreja. Esse inimigo ergue sua cabeça maligna num instante. Não
precisamos procurar por ele ou ser ensinados nele. Em vez disso, ele vem
naturalmente. E, embora esse pecado seja um familiar conhecido, ele não é
nenhum amigo. É um adversário oportunista e mortal que captura o coração,
altera as afeições, ocupa a mente e destrói uma vida. Onde há paz, ele traz
hostilidade; onde há amor, ele suscita divisão; e onde há contentamento, ele
gera reclamação.
Por que a
cobiça é tão mortal? Porque ela nunca pode ser satisfeita. A cobiça
implacavelmente anseia por mais deste mundo e alguém cujos pensamentos,
afeições e coração se ocupem do mundo deixará de buscar os céus. A cobiça leva
ao abandono do amor por Deus e leva o indivíduo a odiar o seu próximo. Ela
empurra o coração no poço dos interesses egoístas e no atoleiro e no lamaçal da
inveja, da calúnia, do adultério, do orgulho, da desonra, do homicídio, do
furto e da idolatria. Tem-se dito corretamente que, quando quebramos qualquer
dos primeiros nove mandamentos, também quebramos o décimo mandamento.
Como combatemos esse pecado do coração? Deixe-me oferecer três simples
encorajamentos bíblicos: olhe para Cristo, viva em contentamento e regozije-se
em gratidão.
Primeiro, olhe para Cristo e as coisas do alto. “Buscai, pois, em
primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão
acrescentadas”, disse o Senhor (Mateus 6.33). Quanto mais valorizamos Cristo,
menos atribuímos valor imoderado às coisas terrenas. Quanto mais desejamos
Cristo, menos ansiamos pelas coisas deste mundo. Honra, riqueza, possessões
materiais, reputação, sucesso mundano e até saúde possuem pouco brilho quando
comparados à radiante glória de Deus na pessoa de Cristo (Hebreus 1.3). Quando
o buscamos, descobrimos que os tesouros terrenos sustentam prazeres
transitórios, mas a alegria em Cristo é eterna (Salmo 103.17). Eles possuem
promessas vazias, mas as promessas de Cristo são seguras. Eles oferecem conforto,
mas Cristo o garante (Mateus 11.28-30).
Seguir a Cristo é um empreendimento diferente de todos os outros, pois
ele nunca desaponta. A sua beleza, amabilidade, conforto, paz e alegria
ultrapassam tudo o que este mundo tem a oferecer.
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Por: Jason
Helopolous. © 2015 Ligonier Ministries. Original: You Shall Not Covet. Este artigo faz parte da edição de Junho de
2015 da revista Tabletalk. Tradução: Vinícius Silva
Pimentel. Revisão: Vinícius Musselman Pimentel. ©
2015 Ministério Fiel. Todos os direitos reservados. Website: Ministério Fiel. Original: Não Cobiçarás.
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