CRISTO ESTÁ EM SEU CRISTIANISMO?
Por Paul Tripp
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Francisco de Zurbarán: Agnus Dei (um 1635/40); Madrid, Museo del Prado (für die Großansicht einfach anklicken) |
Existem algumas
passagens contundentes da Bíblia. Uma que me vem à mente é 1 João 2:19 – “Eles
saíram do nosso meio, mas na realidade não eram dos nossos, pois, se fossem dos
nossos, teriam permanecido conosco; o fato de terem saído mostra que nenhum
deles era dos nossos”. (NVI)
Esta não é apenas uma recontagem histórica
de João, mas uma advertência para nós hoje: devemos resistir em definir o
cristianismo como algo diferente de uma profunda devoção a Cristo, cujo fruto é
um estilo de vida de adoração diária a ele e serviço ativo em seu reino.
Devemos sempre avaliar a motivação de
nossos corações para ter certeza que a fé pela qual vivemos é o cristianismo da
Bíblia, não uma falsa expressão externa que omite Jesus.
Quais são algumas dessas características de
uma expressão externa de um cristianismo sem Cristo? Eu consigo pensar em três:
1.
Confunde “se comprometer com Cristo” por “se comprometer com o cristianismo”.
As tradições do cristianismo são
envolventes e excitantes; e deveriam ser. O perigo é que eles podem funcionar
como um substituto para um relacionamento com Jesus. Um cruel truque do inimigo
é nos fazer se sentir mais vivos quando estamos participando da cultura do
cristianismo, ao invés de nos comunicarmos com Cristo.
2.
Confunde sabedoria bíblica por conhecimento bíblico.
É bem possível crescer na alfabetização
bíblica sem crescer em sabedoria e santidade. Adoro estudar o estudo da
teologia da Palavra de Deus, mas tendo trabalhado por vinte anos em um dos
melhores seminários do mundo, vi muitos alunos com treinamento rigoroso se
formarem como seguidores imaturos de Jesus.
3.
Confunde um estilo de vida como de Cristo por oportunidades ministeriais.
É bom e apropriado à igreja local organizar
vários ministérios para o corpo de Cristo. Contudo, os discípulos de Jesus são
chamados a oferecer todos os aspectos da sua vida ao Reino de Deus, não apenas
aqueles que estão no calendário da igreja.
É antibíblico pensarmos no ministério como
algo separado da vida, como se saíssemos de um para o outro. Em vez disso,
devemos viver com uma mentalidade constante que faz a seguinte pergunta: “Como
posso, aqui e agora, fazer parte do que Deus está fazendo na terra? ”
O
verdadeiro cristianismo
Se o nosso cristianismo é algo menos que a
entrega dos nossos pensamentos e motivações do nosso coração ao senhorio de
Jesus Cristo, e a fome diária e a busca de sua graça transformadora, então
nossa fé tenderá a se reduzir a um sistema de tradição, filosofia e atividade.
Nós somos chamados para resistir essa falsa
expressão externa e um cristianismo sem Cristo até o dia que morrermos. Foi nos
dada essa graça para resistir, tanto quanto a graça para desejar algo bem
melhor: uma relação com Cristo que satisfaz a alma!
>> Original em PaulTripp.com
Tradução de T. Zambelli
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